domingo, 29 de março de 2015

Encontro com Marina Lima

Com Marina Lima, 2002
Meus caros,
quando escrevi sobre a entrevista que fiz com Alvin L em 2004, expliquei onde começou meu interesse na obra do parceiro de Marina, entre outros. Contei esta historinha:

Estava eu, certa vez, checando e-mails no intervalo do meu trabalho, em novembro de 2002, quando vi um banner publicitário no UOL que anunciava um Bate-Papo com a cantora e compositora Marina Lima para dali a alguns dias. O banner avisava que os internautas que enviassem a pergunta mais original à cantora ganhariam um convite para assistir a entrevista ao vivo. Como qualquer pessoa que teve sua adolescência na década de 80, eu conhecia Marina, considerava-a linda, sexy, e gostava de suas músicas, sem no entanto ter comprado seus LPs. Ouvir no rádio, nas trilhas de filmes e de novelas era suficiente.

Mas naquele momento, na correria do intervalo, me veio à lembrança um clipe que assisti no Fantástico, no início da década de 80, da música "Gata todo dia", em que Marina entrava em uma sala e cantava "Eu sou uma gata/ E não gosto de água fria/ Pega logo no meu pêlo/ Seu carinho me arrepia/ Não quero água/ Tomo banho é de lambida", tudo de acordo - tanto o video como a música, a letra e o visual dela - com a deliciosa estética da época, hoje considerada tão brega e que eu particularmente aprecio muito.

Sorteados e Marina no BP UOL de 2002
Querendo ser mais engraçado do que o conveniente, escrevi correndo para a promoção do banner, enviando a seguinte pergunta: "É verdade que a Marina só toma banho de lambida?", e voltei para o trabalho. À noite, moído pelo dia cheio e cansativo, estava deitado, descansando quando toca o telefone. Do outro lado, uma pessoa qualquer do UOL me comunicando que minha pergunta havia sido selecionada e que eu poderia assistir a entrevista ao vivo. Sonado, não consegui juntar A com B e obriguei a pessoa a repetir o que acabara de dizer. Só aí compreendi que minha pergunta idiota e ofensiva provocara risos na equipe que selecionava as perguntas e que eu era um dos sete ou oito escolhidos para acompanhar pessoalmente o Bate-Papo de Marina no UOL.

A conversa ocorreu em 7 de novembro de 2002 no prédio do UOL, esquina da Faria Lima com a Rebouças, a partir das 9 da noite. Fui o último a chegar. Já estavam lá os cinco outros sorteados conversando com algumas funcionárias do UOL, todos ao redor de uma mesona cheia de comes e bebes. Coisas simples: salgadinhos, doces e soft drinks de todos os tipos. Começaram a mostrar aquilo que haviam trazido para Marina autografar; na maior parte, capas de seus velhos vinis. Não tendo os vinis, quis ser politicamente incorreto: levei a Playboy de Marina, que estava fácil em alguma prateleira do meu quarto.

Autografando sua Playboy
Pouco depois ela apareceu, informal, calça jeans, gorro, sorriso no rosto. Foi a primeira vez que vi Marina pessoalmente. Tive a melhor impressão. Cálida, gentil, nem um pingo de estrelismo. Nos cumprimentou e se juntou a nós. Conversou com todos e com cada um separadamente, na maior descontração. Eu lhe falei de minha admiração antiga, comentei fatos de sua carreira desde o início dos anos 80, passando por Chico e Caetano (ao que ela comentou "adoro o Caetano, mas ter um cara como o Chico ali, assim, disponível pra você, é um negócio maravilhoso") e por "Lígia", com Jobim, sobre o qual ela fez um rápido comentário que lhe pedi que desenvolvesse, durante a entrevista. 

Quando chegou a hora dos autógrafos me bateu aquela vergonha violenta e pensei em sumir com a Playboy. No fim mostrei de uma vez a ela e ainda acrescentei, brincando: "Eu fui o único que tive coragem, né, galera?" Ela, gentil, me deixou inteiramente confortável com a situação: "Sabe que não? Você não tem noção de quantas pessoas levam essa revista para eu autografar, nos shows...", e concluiu, jocosa, "o único inconveniente é quando o fã escolhe a foto em que quer o autógrafo. Vou assinar nesta primeira que abre o ensaio e pronto...". Descontraiu o ambiente, nos fez dar risada, foi excelente.

Já sentada ao lado do entrevistador, Marina comentou que a única experiência que tivera com o chat havia sido tempos antes, com Marília Gabriela (na época em que esta tinha um programa no UOL). Estava tranqüila. Foi um bate-papo agradável e divertido. Havia mais de duas mil pessoas online. Fiz duas perguntas a ela, que estão no video abaixo. A primeira sobre cantar com Tom Jobim no especial "Antônio Brasileiro" e a segunda sobre as cantoras brasileiras que mais a influenciaram. É interessantíssimo o que ela tem a dizer sobre ambos os assuntos, desde seu primeiro encontro com Tom no navio que a trouxe dos Estados Unidos para o Brasil, quando ela contava apenas doze, até o depoimento sobre Elizeth Cardoso, cheio de emoção e devoção. Tive a idéia de fazer esse upload quando constatei que esse bate papo de 2002 já não está mais em qualquer acervo online do UOL (ou pelo menos eu não consegui encontrar).

Divirtam-se.
Bernardo
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domingo, 15 de março de 2015

Jânio, Glauco e Santiago

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Meus caros,
que 99% da imprensa escrita estava contra Jânio na eleição de 1985, não é segredo para ninguém. Como também é bastante óbvio que a vitória do ex-presidente pegou essa mesma imprensa de surpresa. A reportagem tosca da Folha de S. Paulo no dia seguinte ao pleito, ou a reportagem em preto e branco da Veja, dois dos veículos impressos mais ardorosamente contrários a Jânio, são exemplos eloqüentes.

Em se tratando de jornais, os chargistas geralmente acompanhavam a opção dos editores. No caso da Folha, é interessante ver a evolução das charges do extinto Glauco Villas Boas (1957/2010) sobre a eleição. Faltando um mês para a votação, o chargista ainda trata Jânio como uma piada e como carta fora do baralho:

Folha de S. Paulo, 20/10/1985




















Dez dias antes do pleito, entretanto, espalha-se pela cidade uma sensação de que os números do Ibope e do Gallup - que davam vitória folgada a Fernando Henrique - poderiam estar sendo, digamos assim, "manipulados". A charge de Glauco pega ainda mais pesado com Jânio, mas agora o riso é mais de nervosismo do que de zombaria:

Folha de S. Paulo, 5/11/1985






































Vitorioso Jânio, Glauco continua ridicularizando-o, mas modera o tom da charge:

Folha de S. Paulo, 18/11/1985











































Bem mais violento que Glauco é o cartunista Santiago (Neltair Abreu, 1950). Suas charges vêm depois de consumada a eleição de Jânio e destilam ódio. Neste primeira, publicada no Jornal do Crea, ele utiliza a passagem do cometa Halley, no ano seguinte, para incluir o ex-presidente na lista de desgraças que supostamente acompanharia o evento celestial:

Jornal do Crea, 11/1985























A segunda charge de Santiago é de dezembro. Traz um Jânio bêbado, desalinhado, trançando os pés como na famosa foto de Erno Shneider, e já com o novo visual baseado em Lincoln, que adotou por certo tempo logo após sua vitória. Uma pérola de maldade, mostra que longe de se conformar com a vitória de Jânio, o cartunista preparava as armas para atacá-lo durante todo seu mandato. E não foi o único. A imprensa toda seguiu-lhe o exemplo.

Jornal de Brasília, 12/1985
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Ver também:
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Jânio, Adhemar e Manolo

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Meus caros,
em post recente falei da participação do desenhista e compositor Nássara na eleição para governador de 1954. Houve muitos cartunistas que depintaram esse grande pleito e emprestaram-lhe humor, graça e informação. Há, entre eles, um que está hoje esquecido porque se foi no ano seguinte: o campinense Manuel "Manolo" Romano (1895/1955). Pouco se sabe sobre ele, mas durante muitos anos (quase 20, creio eu), Manolo dedicou seu talento ao semanário humorístico O Governador, fundado por Laio Martins em 1934.

Bloco do "Nós queremos os Campos Elíseos" no carnaval de 54. Da esq. para dir, Lucas Garcez,
governador em fim de mandato, Adhemar, Jânio com o gorro do PDC (pura ironia, já que no mês anterior teve o desentendimento que o levaria a romper com o partido), Getúlio, então presidente, de mãos dadas a Adhemar, e Hugo Borghi, vestido sempre de fazendeiro, referência velada à acusação de trabalho escravo em suas fazendas, que pesou sobre ele na eleição anterior

Jânio, por Manolo, 1954
Quando vereador, Jânio apresentou diversas indicações ou requerimentos solicitando a apreensão de publicações que ele considerava impróprias ou mesmo "pornográficas". O Governador foi uma delas. O semanário era uma espécie de embrião do Pasquim e misturava política com charges picantes e às vezes até ligeiramente eróticas de mulheres lindas e curvilíneas.

Em agosto de 48 ele falou sobre isso, em discurso à Câmara: "Vou ter coragem de declarar de público o nome das revistas que coletei e solicitar da Mesa que as encaminhe juntamente com a Indicação que ofereci ao Sr. Prefeito, para que este, por sua vez, as remeta ao Sr. Secretário da Segurança. Vejamos se S. Excia., ao examiná-las, ao lê-las, entenderá ou não, comigo e com todos, que são nocivas, que são temíveis, que são atentatórias da moral pública e que representam um delito, delito indicado com clareza no artigo 234 da Codificação Penal. (...) Pois bem, a primeira é intitulada Seleções Humorísticas, como disse; a segunda, O Riso; a terceira, Bom Humor; a quarta, O Governador (Risos) — Vv. Excias. me perdoem o título, que não é meu".

Jânio foi um vereador cheio de falso moralismo e O Governador não tinha nada de pornográfico ou atentatório à moral. A razão pela qual o então vereador decidiu investir contra a publicação foi que ela era adhemarista. Provavelmente não por ideologia, mas por trabalhar a soldo de Adhemar e do PSP, então era natural que todas as charges fossem de apoio ao ex-governador.

01/07/1954

As charges de Manolo não mostravam o Adhemar real, obeso e fanfarrão, 
mas como um atleta imbatível em qualquer disputa de votos (22/07/1954)

Na sucessão de Lucas Garcez, sendo o lhano Prestes Maia o principal contendor de Adhemar, imaginava-se que o chumbo grosso do semanário fosse direcionado a Hugo Borghi. Jânio, porém, contrariou todos os prognósticos e, embora eleito em março de 1953 para a prefeitura de São Paulo, lançou sua própria candidatura. As chances de Adhemar voltar aos Campos Elíseos foram ameaçadas. Mas o chargista Manolo ganhou conteúdo de sobra para seus desenhos.

Hugo Borghi, Jânio (de capelo, simbolizando sua inexperiência em eleições)
e Adhemar (04/03/1954)

Os alvos deixam de ser Maia e Hugo Borghi e Jânio vira o adversário nº1.
No automóvel de Adhemar vemos "Campos Elíseos - PSP - Via Catete", alusão
óbvia ao apoio de Vargas. Só que Vargas se matou dois meses antes do pleito. (08/07/1954)

Garcez fala sobre a sucessão presidencial
com Vargas. Charge publicada doze dias
antes do suicídio de Vargas
Junto às muitas charges que mostravam Adhemar como candidato imbatível e insuperável, havia alfinetadas constantes a Jânio. Chamado de "co-prefeito", por conta das múltiplas licenças que levavam o vice Porphyrio da Paz a ocupar constantemente a prefeitura, Jânio era mimoseado com piadas como estas: "Os artistas circenses estão protestando com veemência contra a concorrência feita, ilegalmente, pelo Sr. Jânio Quadros, aos profissionais do picadeiro".

Em outra ocasião, quando o prefeito multou Adhemar por despejar sobre a cidade milhões de trevos de quatro folhas (símbolo adhemarista) de um avião, o jornal disparou: "Só quem vive nas TREVAS é que odeia o trevo de quatro folhas". Quando Jânio, por alguma razão, deixou de comparecer às comemorações de 9 de julho daquele ano, o petardo não se fez esperar: "É a primeira vez que um prefeito brilha pela ausência na data mais gloriosa da terra bandeirante".

Jânio e Prestes Maia chegam atrasados à disputa (29/07/1954)

Adhemar na liderança, Jânio na vassoura, Maia em um patinete e Hugo Borghi a pé

12/08/1954

Desferido o pleito e vitorioso Jânio, o jornal não teve outra alternativa senão render-se ao que sentenciou o povo paulista. Mas as charges de Manolo vieram com humor e acidez. Em uma delas Jânio não aparece como vencedor pelo seu mérito e detentor da maioria dos votos, mas como alguém que colocou uma casca de banana no caminho de Adhemar e o fez cair. Até o espaço ocupado pela charge é menor, em relação àquelas publicadas quando ainda se pensava que Adhemar seria o vencedor.

28/10/1954

A última charge é ainda mais curiosa. Lucas Nogueira Garcez, que deixava o governo, era uma belíssima figura mas só se elegeu porque contou com o prestígio e o apoio de Adhemar. No governo, talvez horrorizado com as mazelas de Adhemar e a influência nefasta que o ex-governador pretendia exercer sobre ele, se desaveio com o mentor. Não chegou a se tornar figura non grata no Governador, mas recebeu patada em forma de charge. Nela, mostra a Jânio sua herança: Impostos, a situação econômica e o déficit das finanças.

11/11/1954

Quem estava em crise financeira não era São Paulo, e sim O Governador. Quando Manolo morreu, em setembro de 1955, a revista não estava sequer circulando. Quando voltou fizeram uma bela homenagem ao desenhista, ilustrada por Karikato (que não consegui apurar quem é). A revista seguiu heroicamente por um tempo, mas não chegou ao fim da década.

E Jânio fez um belo governo até o início de 1959. Assim como acontece com Belmonte, que morreu antes de Jânio ganhar notoriedade como vereador, e não o desenhou, gostaria de ver o que Manolo e O Governador - sempre na oposição ao mato-grossense - teriam aprontado com Jânio na presidência.

Manolo, por Karikato
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Jânio, Adhemar e Nássara

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Meus caros,
só mesmo um gênio como Antônio Gabriel Nássara, conhecido apenas como "Nássara" (1910/1996), de múltiplos talentos, para descrever em imagem e verso o que sentiu o paulista, afogado em propaganda eleitoral, naquela espetacular campanha de 1954 ao governo. Estas charges foram publicadas no início daquele ano, quando as candidaturas começavam a se anunciar, e vêm da longínqua e esquecida revista "FLAN".























Vai acontecer de tudo na campanha eleitoral de São Paulo. Enquanto Adhemar de Barros abandona a "Caixinha" pelo trevo de quatro folhas, Jânio Quadros despreza a vassoura pelo terço de trinta contas...

Acima Nássara brinca com a insegurança dos dois candidatos em início de campanha. Adhemar, sabidamente supersticioso, troca sua conhecida "caixinha" pelo trevo de quatro folhas, símbolo de sua carreira política já há muitos anos. E Jânio, cujo cacife para concorrer ao governo ainda era considerado pequeno, embora estivesse na prefeitura, troca a vassoura por um terço.


O Jânio usa a vassoura,
o trevo é do Adhemar,
se o paulista não estoura,
um dos dois vai estourar...


Legenda originalmente sob a charge de Adhemar: Coincidindo com as comemorações do seu IV Centenário, São Paulo oferecerá ao Brasil o maior espetáculo de todos os tempos: a eleição para Governador do Estado. E como não podia deixar de ser, Adhemar de Barros já é candidato, prometendo oferecer o maior "show" de todos os tempos. É o paulista de quatrocentos milhões prestando a sua homenagem a São Paulo de quatrocentão... Dá-lhe Adhemar!

Aqui a piada é lapidar; aproveitando que a eleição ocorreu no ano das comemorações do 4º centenário, Nássara faz uma analogia entre o termo "paulista de quatrocentos anos", cunhado tempos antes pelo velho Alcântara Machado, e os quatrocentos milhões que Adhemar provavelmente possuía em sua famigerada caixinha, e que pretendia utilizar à farta para voltar ao governo. Governo, aliás, que Adhemar pretendia exercer pela terceira vez. Exercera inicialmente a interventoria, durante o Estado Novo, e foi eleito democraticamente para o quatriênio que foi de 47 a 51. No desenho ele despeja dinheiro conspicuamente sobre a cidade, de seu aviãozinho.

Legenda originalmente sob a charge de Jânio: Outro "show" garantido deve ser dado pelo Sr. Jânio Quadros, que concorrerá ao grande pleito pela legenda do P. D. C. (Pede-se tudo a todos e não se dá nada a ninguém). E como nos contos de fadas, rasgará os céus de São Paulo montado em uma típica vassoura das velhas feiticeiras, arrancando aplausos daquele eleitor que não é bastante cético para desprezar a máxima: "Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, existem"...

Jânio por Nássara. A única charge deste artigo
elaborada anos depois da eleição de 1954

Mais uma tirada de mestre, que espicaça o partido ao qual Jânio pertencia, o P. D. C. ("pede-se"), e do qual sairia semanas depois, e zomba da demagogia, pecha que Jânio trazia desde a vereança, e que se cristalizou em faca de dois gumes com a mítica vassoura que ele prometia usar desde o pleito anterior, para exterminar a corrupção.

É destino do ser humano ter saudade dos políticos do passado, ainda que carregassem proporcionalmente os mesmos defeitos dos políticos de todos os tempos.


Mas esses dois são inigualáveis.

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